A Esquadrilha de Defesa Nuclear, Radiológica, Biológica e Química (EDNRBQ), inicialmente Secção de Treino de Defesa Nuclear, Biológica e Química (STDNBQ), agora) foi criada em 1984, por Despacho Nº2/84 de 06JAN do CEMFA, integrada no Centro de Treino de Sobrevivência da Força Aérea (CTSFA).
A ideia inicial era a aquisição de uma valência, muito restrita, que permitiria à Força Aérea lidar com a Defesa Nuclear, Biológica e Química (NBQ) nas suas Unidades.
Em 2001, e depois do ataque da Al-Quaeda às Torres Gémeas (World Trade Center), em Nova Iorque, conjuntamente com o facto da Força Aérea participar em Teatros de Operações na Bósnia e Kosovo, constatou-se que a instrução NRBQ, na Força Aérea, teria que sofrer uma reestruturação profunda, por forma a conseguir preparar os militares para as novas ameaças, com que se poderiam deparar.
Foi assim que se extinguiu o Curso de Defesa Nuclear, Biológica e Química (CDNBQ) - o único existente na altura - que era ministrado duas vezes por ano e que tinha uma duração de quatro semanas.
Com a participação da Força Aérea em missões no Afeganistão, cuja ameaça NRBQ é uma possibilidade; e nos Chemical, Biological, Radiological and Nuclear Multinational Battalion (CBRN MN BT) e CBRN Joint Assessment Team (CBRN JAT), a ADNRBQ tem vindo a aperfeiçoar a instrução por forma a responder à nova realidade das missões que envolvam eventuais riscos NRBQ. Assim, na perspectiva de acompanhar a constante evolução da defesa NRBQ, os Formadores da ADNRBQ têm participado em cursos e exercícios no estrangeiro e de âmbito nacional, o que tem permitido manterem-se actualizados e, ao mesmo tempo, muito tem contribuído para que a qualidade a formação se mantenha ao nível de outros países da NATO.
Para além da formação, no campo da defesa NRBQ, a EDNRBQ vem garantindo a parte operacional, face às ameaças actuais, tendo os seus Formadores constituindo a Equipa Nacional de Alerta NRBQ da Força Aérea, na sua fase inicial. Neste momento, a Coordenação e Chefia desta Equipa são garantidas por dois Instrutores (Formadores) da ADNRBQ (CTSFA), sendo que os restantes elementos são militares qualificados, colocados em diferentes Unidades da Força Aérea. O primeiro incidente em Portugal, onde houve a suspeita de carbúnculo (antrax) ocorreu em Outubro de 2001, num concessionário da Renault, no Alto de Santo Amaro, em Lisboa. Depois deste, aconteceram outros em vários locais civis e militares.
Ainda na vertente operacional, a ADNRBQ garantiu a preparação da Equipa de Descontaminação NRBQ que participou na NRF8 no CBRN MN BT, tendo contribuído com dois elementos, que desempenharam funções no CBRN JAT. Participou ainda nas NRF10 e NRF14 no CBRN MN BT com uma equipa de Descontaminação integrada no Deployable Analytical Laboratories (DNBC AL).
Actualmente, a EDNRBQ é constituída por seis Formadores que têm vindo a desempenhar, com dedicação, empenho e sensação de dever cumprido, as funções atribuídas. Em mais de 20 anos de existência, a ADNRBQ tem vindo a contribuir para a sensibilização e formação dos militares da Força Aérea Portuguesa, esforçando-se por acompanhar a constante evolução dos aspectos relacionados com a defesa NRBQ. É com orgulho e espírito de missão que os Formadores formaram, até ao momento, 3432 instruendos, desde 1984 até 2010, e num espectro de formandos que passa pelas Forças Armadas, Ejército del Aire (Força Aérea Espanhola), Instituto Nacional de Emergência Médica, Autoridade Nacional de Protecção Civil, Guarda Nacional Republicana e Polícia de Segurança Pública/Unidade Especial de Polícia, fazendo jus ao lema da Secção: "VITA SUPEREMUS AD MUNUM" - SOBREVIVER PARA A MISSÃO.
Simbolizando:
- O Vigor da Instrução.
- A Energia das Operações.
- Operar, Sobreviver e Vencer em ambiente NRBQ.
- Sempre Preparados para o desconhecido.
As cores concêntricas significam, (do exterior para o interior) - luz do dia até à escuridão (ao desconhecido), o operar em todas as condições.
O Facho - sabedoria que ilumina e guia no desconhecido. Vitória.
A Máscara - protecção e a sobrevivência.
O Vermelho - força, vigor e energia, vitórias, actividade e vida.
Vita Superemus Ad Munum: Sobreviver para a missão.
07 de Fevereiro de 2014